Nada deixa os pais mais aflitos do que ver seus filhos doentes, principalmente quando não existe tratamento específico para a doença e só resta esperar os sintomas passarem. Para acalmar os corações, a doença mão-pé-boca não é séria e nem costuma trazer complicações graves.
Você sabe o que é a doença mão-pé-boca?
A doença mão-pé-boca é causada pelo vírus Coxsackie e é caracterizada pelas pequenas vesículas que aparecem nas mãos, pés e boca. Ela é mais comum em crianças de até 5 anos, mas pessoas de qualquer idade podem contrair, principalmente as imunossuprimidas. Não costuma trazer complicações, mas é extremamente contagiosa e, por isso, espalha-se rapidamente em creches e escolas.
Segundo a especialista Doutora Marjorie Uber Iurk, Dermatologista Pediátrica, apesar de a maioria dos casos serem leves e autolimitados, algumas crianças podem apresentar sintomas intensos, desconforto, dificuldade para se alimentar e ingerir líquidos. “Raríssimos casos podem evoluir com sintomas mais graves neurológicos ou cardíacos”, completou a Dra. Marjorie.
Como é transmitida a doença mão-pé-boca?
A fácil contaminação ocorre devido ao fato das crianças ficarem muito próximas umas às outras, trocarem brinquedos e às vezes compartilharem ambientes fechados. O vírus propaga-se através de:
- Saliva
- Secreção nasal
- Fluido das lesões de pele
- Fezes
- Gotículas respiratórias
Quais são os sintomas da doença mão-pé-boca?
Após o período de incubação, que costuma durar entre 3 a 6 dias, podem aparecer sintomas parecidos com os da gripe: febre, perda de apetite, dor de garganta e mal estar geral, além de diarreia e vômitos.
É depois da febre, cerca de 2 a 3 dias, que aparecem os sintomas mais característicos da doença: as erupções na pele.
- Erupções na boca: parecidas com aftas, essas exulcerações nas gengivas e no fundo da boca podem ser dolorosas e confundidas com inflamação na garganta. Podem causar falta de apetite, recusa aos líquidos e maior salivação do que o normal.
- Erupções na pele: ao redor da boca, as palmas das mãos e solas dos pés são os lugares mais comuns para as feridas que caracterizam a doença. Também é normal aparecerem na região genital, nádegas, cotovelos e joelhos. Primeiramente não têm textura, são apenas pontos vermelhos que podem coçar. Posteriormente, é comum que as manchas se transformem em vesículas (pequenas bolhas) cuja secreção é contagiosa.
Como tratar essa virose?
Por se tratar de um vírus, não existe tratamento específico. Geralmente, os médicos optam por tratar os sintomas como febre, dor de garganta e coceira.
Segundo a Dra. Marjorie, é muito importante não utilizar medicações e/ou cosméticos sem indicação médica - pois podem causar piora das lesões de pele ou dos sintomas, e até aumentar a chance de cicatrizes.
Alguns casos requerem maior atenção, consulte um pediatra caso a criança:
- Não esteja ingerindo líquidos suficientes para manter-se hidratada.
- Tenha febre por mais de 3 dias.
- Apresente sintomas graves.
- Não apresente melhora após 10 dias.
Após a melhora inicial, as erupções cutâneas devem ser tratadas com um creme reparador hidratante, que hidrata, acalma, repara e purifica a pele.
“A hidratação é essencial para que a pele se recupere e esteja saudável, permitindo que o processo de cicatrização seja eficaz e não fiquem marcas.”
Doutora Marjorie Uber Iurk, Dermatologista Pediátrica
Como prevenir?
Por ser uma doença extremamente contagiosa, é importante redobrar os cuidados de higiene ao saber de um caso no seu círculo social. Mesmo que o seu filho não apresente sintomas, alguns cuidados devem ser tomados:
- Lavar as mãos antes de tocar os olhos, nariz e boca.
- Lavar as mãos depois de trocar fraldas, dar banho, usar o vaso sanitário, limpar o nariz, tossir ou espirrar.
- Limpar com frequência superfícies como trocador, banheira, corrimãos e brinquedos.
- Evitar contato com pessoas infectadas.
Conte com a Mustela para tirar suas dúvidas em nossos canais de atendimento e não deixe de cuidar da saúde do seu filho entrando em contato com especialistas assim que surgirem os primeiros sintomas.