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    Conheça os 6 tabus sobre pós-parto que não falamos

    12min 48sec Atualizado em outubro 23, 2025
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    Conheça os 6 tabus sobre pós-parto que não falamos

    O puerpério, também conhecido como período pós-parto, é uma fase de intensas transformações físicas e emocionais que dura aproximadamente seis semanas após o nascimento do bebê. Neste artigo, desmistificamos os principais tabus deste período, abordando desde os desafios emocionais e físicos até as mudanças na dinâmica familiar. Descubra como enfrentar o pós-parto com mais confiança e conheça as soluções Mustela que podem apoiar você nesta jornada de adaptação e cuidados.

    O que é puerpério e por que ele importa no pós-parto?

    O puerpério é um período fundamental na vida da mulher que acaba de se tornar mãe. Trata-se do intervalo de tempo que se inicia logo após o nascimento do bebê e a saída da placenta (dequitação), e se estende até que o corpo materno retorne ao seu estado pré-gravídico. Durante este período, a mulher é chamada de puérpera e passa por uma série de transformações físicas, hormonais e emocionais que merecem atenção e cuidados especiais.

    A importância deste período vai muito além da recuperação física. É no puerpério que a mulher se adapta ao seu novo papel de mãe, estabelece o vínculo com o bebê e aprende a lidar com as novas demandas da maternidade. Compreender o que acontece no corpo durante esta fase é essencial para que a puérpera possa se cuidar adequadamente e reconhecer sinais que exigem atenção médica.

    O puerpério é dividido em fases distintas, cada uma com suas características próprias. Geralmente, considera-se que o período completo dura entre 45 e 60 dias, podendo se estender por mais tempo em mulheres que amamentam. O término oficial do puerpério ocorre quando retorna a primeira ovulação e a função reprodutiva da mulher é restabelecida.

    Definição médica do puerpério

    Do ponto de vista médico, o puerpério é definido como o período que se inicia após a dequitação (saída completa da placenta) e termina quando os órgãos reprodutores da mãe retornam ao seu estado pré-gravídico. Esta fase é caracterizada por intensas alterações fisiológicas, com o objetivo de reverter as adaptações que ocorreram durante a gestação.

    Os especialistas dividem o puerpério em três fases principais:

    • Puerpério imediato: vai do nascimento até as primeiras 24 horas (algumas classificações consideram até 2 horas após o parto)
    • Puerpério mediato: estende-se do 1º ao 10º dia após o parto
    • Puerpério tardio: vai do 10º ao 45º dia após o nascimento do bebê

    O término do puerpério é marcado pelo retorno da ovulação. Em mulheres que não amamentam, a primeira ovulação geralmente ocorre entre 6 e 8 semanas após o parto. Já para as que estão amamentando exclusivamente, este período pode ser mais longo e imprevisível, podendo chegar a vários meses.

    Mudanças hormonais e físicas iniciais

    Logo após o parto, o corpo da mulher passa por uma verdadeira revolução hormonal. Com a saída da placenta, há uma queda brusca nos níveis de estrogênio e progesterona, hormônios que estavam elevados durante a gestação. Esta alteração hormonal desencadeia uma série de mudanças físicas e também pode influenciar o estado emocional da puérpera.

    Nas primeiras horas após o parto, diversas transformações físicas já podem ser observadas:

    • Início da involução uterina (o útero começa a retornar ao seu tamanho normal)
    • Aparecimento dos lóquios (secreção vaginal com sangue, que pode durar até 15 dias)
    • Aumento da produção de prolactina, hormônio responsável pela produção de leite
    • Desidratação temporária (comum nas primeiras 24 horas)
    • Reestruturação da musculatura pélvica
    • Abdômen inchado e flácido
    • Possível dificuldade para urinar devido ao edema da região perineal
    • Mamas cheias e sensíveis, preparando-se para a amamentação

    Estas mudanças iniciais são apenas o começo de um processo complexo de recuperação do trabalho de parto e adaptação ao período pós-gestacional. Cada organismo responde de maneira única a estas transformações, mas conhecê-las ajuda a puérpera a entender o que está acontecendo com seu corpo e a buscar ajuda quando necessário.

    Quanto tempo dura o puerpério e o resguardo?

    O período pós-parto é uma fase de intensas transformações físicas e emocionais para a mulher. Muitas mães têm dúvidas sobre a duração do puerpério (período pós-parto) e do resguardo, principalmente sobre quando poderão retomar suas atividades normais. Entender as diferenças entre esses conceitos e suas durações é fundamental para uma recuperação adequada.

    Fatores que influenciam a duração

    O tempo de recuperação após o parto pode variar significativamente de uma mulher para outra, sendo influenciado por diversos fatores:

    • Tipo de parto: A recuperação após uma cesárea geralmente é mais lenta do que após um parto normal, devido à natureza cirúrgica do procedimento.
    • Condições físicas pré-existentes: Mulheres com complicações durante a gravidez podem precisar de mais tempo para se recuperar.
    • Amamentação: A amamentação pode prolongar o puerpério, pois afeta o retorno do ciclo menstrual.
    • Rede de apoio: Contar com ajuda para os cuidados com o bebê e tarefas domésticas permite que a mãe descanse mais e se recupere melhor.
    • Complicações pós-parto: Infecções, hemorragias ou outras complicações podem estender o período de recuperação.
    • Saúde mental: O bem-estar emocional também influencia na recuperação física, sendo essencial atentar aos sinais de baby blues ou depressão pós-parto.

    Diferenças entre parto normal e cesárea

    A via de parto escolhida ou necessária afeta diretamente o tempo e o processo de recuperação no puerpério:

    Parto Normal:

    • Recuperação geralmente mais rápida, com retorno às atividades leves em cerca de 1 a 2 semanas
    • Desconforto localizado principalmente na região perineal, especialmente se houve episiotomia ou lacerações
    • Menor risco de complicações como infecções ou trombose
    • Retorno mais rápido à mobilidade, facilitando os cuidados com o bebê
    • Alívio mais rápido das dores, geralmente controladas com analgésicos comuns

    Cesárea:

    • Recuperação mais lenta devido à cirurgia abdominal, com limitações físicas por 6 a 8 semanas
    • Dor na região da cicatriz, que pode persistir por mais tempo
    • Maior risco de complicações como infecções na ferida operatória
    • Restrições mais severas quanto a levantar peso, dirigir e realizar atividades físicas
    • Necessidade de cuidados específicos com a cicatrização da ferida cirúrgica
    Fase do Puerpério Período Características Cuidados no Resguardo
    Puerpério imediato 1º ao 10º dia Início da involução uterina, lóquios abundantes, adaptação à amamentação Repouso, evitar esforços, higiene cuidadosa, não ter relações sexuais
    Puerpério tardio 11º ao 45º dia Redução dos lóquios, cicatrização em andamento, ajuste hormonal Evitar carregar peso, retorno gradual às atividades leves, continuar evitando relações sexuais
    Puerpério remoto A partir do 45º dia Retorno do corpo às condições pré-gestacionais (exceto mamas durante amamentação) Possível retorno às relações sexuais após liberação médica, retomada gradual das atividades físicas
    Resguardo tradicional 40 dias Período de proteção e cuidados especiais com a saúde da mãe Evitar exposição a mudanças bruscas de temperatura, alimentação específica, repouso e recuperação

     

    É importante ressaltar que, independentemente do tipo de parto, o resguardo de aproximadamente 40 dias é recomendado para permitir a recuperação completa do corpo da mulher. O parto normal também exige resguardo, apesar da recuperação ser geralmente mais rápida. A consulta de retorno ao obstetra, que ocorre entre 30 e 45 dias após o parto, é essencial para avaliar a recuperação e receber orientações personalizadas sobre o retorno às atividades, incluindo a vida sexual.

    As três fases do puerpério

    O puerpério, também conhecido como período pós-parto, é a fase que se inicia logo após o nascimento do bebê e termina quando o corpo da mulher retorna ao seu estado pré-gestacional. Durante este período, o organismo materno passa por intensas transformações físicas e emocionais. Compreender as diferentes fases do puerpério ajuda as mães a reconhecerem o que é normal e quando buscar ajuda médica.

    Puerpério imediato (0-24 h)

    O puerpério imediato compreende as primeiras 24 horas após o parto e representa o momento mais crítico para a saúde materna. Nesta fase, o corpo inicia o processo de recuperação com mudanças rápidas e significativas:

    • O útero começa a se contrair para voltar ao tamanho normal, podendo causar cólicas intensas, especialmente em mulheres que já tiveram outros filhos
    • Ocorre o início dos lóquios (sangramento vaginal pós-parto), que neste período são predominantemente vermelhos e em maior quantidade
    • A temperatura corporal pode elevar-se ligeiramente, sem ultrapassar 38°C
    • A mulher pode sentir tremores, calafrios e sudorese intensa devido às mudanças hormonais
    • A pressão arterial precisa ser monitorada regularmente para identificar possíveis complicações

    Os cuidados nesta fase incluem monitoramento dos sinais vitais, observação do volume de sangramento, verificação da contração uterina e início da amamentação, que estimula a produção de ocitocina e ajuda na involução uterina.

    Puerpério tardio (até 6 semanas)

    Esta fase estende-se do 11º ao 42º dia após o parto. Durante o puerpério tardio, o corpo continua seu processo de recuperação de forma mais gradual:

    • O sangramento vaginal diminui progressivamente e muda de coloração, tornando-se mais amarelado
    • O útero já não é palpável na região abdominal e continua sua involução
    • As mamas já estabeleceram a produção regular de leite, superando o período de colostro
    • Cicatrização da episiotomia ou da cesárea está em fase avançada
    • O retorno às atividades cotidianas ocorre gradualmente, respeitando os limites do corpo
    • Pode haver o início da recuperação do tônus muscular abdominal e do assoalho pélvico

    Neste período, é importante manter uma alimentação adequada, iniciar exercícios leves conforme orientação médica, e continuar com os cuidados de higiene íntima. A mulher também deve estar atenta aos sinais emocionais, pois é comum o surgimento de baby blues ou até mesmo depressão pós-parto.

    Puerpério remoto (até 6 meses)

    O puerpério remoto inicia-se após a sexta semana e pode se estender até o sexto mês pós-parto, ou até o retorno da menstruação nas mulheres que não amamentam. Este período caracteriza-se por:

    • Retorno gradual da ovulação e dos ciclos menstruais, que pode variar conforme a amamentação
    • Regressão completa das alterações genitais e abdominais da gravidez
    • Estabilização da produção de leite materno
    • Normalização do sistema endócrino
    • Recuperação da tonicidade dos músculos abdominais e pélvicos

    Durante esta fase, é fundamental continuar com acompanhamento médico regular e iniciar um programa de exercícios específicos para fortalecimento do assoalho pélvico. A saúde mental continua sendo um aspecto importante a ser monitorado.

    Sinais de alerta no puerpério

    Independentemente da fase do puerpério, alguns sinais devem ser considerados de alerta e exigem avaliação médica imediata:

    • Febre acima de 38°C
    • Sangramento vaginal intenso (encharcar um absorvente em menos de 1 hora)
    • Dor abdominal severa ou persistente
    • Dor, vermelhidão ou secreção na incisão da cesárea ou episiotomia
    • Dor, vermelhidão ou endurecimento nas mamas
    • Dor ou ardência ao urinar
    • Odor fétido nos lóquios
    • Dor intensa nas pernas, especialmente na panturrilha
    • Dor de cabeça intensa ou alterações visuais
    • Sentimentos persistentes de tristeza, ansiedade ou pensamentos de fazer mal a si mesma ou ao bebê

    Conhecer as diferentes fases do puerpério e seus sinais de alerta permite que a mulher vivencie este período com mais tranquilidade, sabendo reconhecer o que faz parte do processo natural de recuperação e quando é necessário buscar ajuda profissional.

    Mudanças físicas no corpo da mulher após o parto

    O período pós-parto, também conhecido como puerpério, é marcado por intensas transformações físicas no corpo da mulher. Essas mudanças são naturais e fazem parte do processo de recuperação após nove meses de gestação. Conhecer e entender essas alterações é fundamental para que as mães possam diferenciar o que é esperado do que pode ser motivo de preocupação.

    Útero e abdômen: contrações e diástase

    Após o parto, o útero inicia imediatamente seu processo de involução, ou seja, a redução de tamanho para retornar às dimensões originais. Logo depois do nascimento do bebê, o fundo do útero pode ser palpado um pouco acima da cicatriz umbilical. A partir desse momento, ele começa a se contrair, comprimindo os vasos sanguíneos para evitar hemorragias.

    Essas contrações uterinas, conhecidas como "dores após o parto", são mais intensas durante a amamentação devido à liberação de ocitocina, que estimula as contrações. Em mulheres multíparas (que tiveram mais de um filho), essas dores costumam ser mais fortes e perceptíveis.

    A diástase abdominal, caracterizada pela separação dos músculos retos do abdômen, é outra condição comum no pós-parto. Em casos leves a moderados, essa separação pode ser tratada com exercícios específicos que fortalecem o core e reaproximam a musculatura. Para casos mais severos, pode ser necessária intervenção cirúrgica.

    Lóquios e sangramento vaginal

    Os lóquios são secreções vaginais compostas por sangue, tecido uterino e outros fluidos corporais que ocorrem após o parto. Eles são um sinal de que o útero está se contraindo e voltando ao seu tamanho normal. Existem três tipos principais de lóquios que se manifestam em diferentes momentos do puerpério:

    • Loquiória rubra: É o primeiro estágio, caracterizado por secreção vermelho-escuro, composta principalmente por sangue. Dura aproximadamente 3 a 4 dias após o parto.
    • Loquiória serosa: Apresenta coloração mais rosada ou acastanhada, indicando menor quantidade de sangue. Surge na sequência da loquiória rubra.
    • Loquiória alba: Tem aspecto amarelado ou esbranquiçado, ocorrendo nas fases finais do processo.

    Em geral, os lóquios podem durar de 4 a 6 semanas, com volume mais intenso nos primeiros dias. Supõe-se que o volume total de lóquios na primeira semana possa alcançar cerca de 500ml, diminuindo gradativamente.

    Inchaço, dor e outros desconfortos

    O inchaço pós-parto é comum e esperado, especialmente nas extremidades como pés e tornozelos. Isso ocorre devido ao excesso de líquidos acumulados durante a gestação que agora estão sendo eliminados pelo organismo. Esse inchaço tende a diminuir dia após dia, devendo durar no máximo uma semana.

    Além do inchaço, outras dores e desconfortos são comuns: dores na região perineal (em caso de episiotomia ou lacerações), desconforto nas mamas durante o início da amamentação, dores abdominais devido às contrações uterinas, e dores nas costas pelo esforço do parto e pelas novas posturas adotadas ao cuidar do bebê.

    O corpo também passa por um intenso processo de transpiração e eliminação de líquidos nos primeiros dias, o que faz parte do mecanismo natural para retornar ao estado pré-gestacional.

    Sinais e duração das mudanças pós-parto

    Mudança física Duração esperada Quando procurar ajuda médica
    Involução uterina 6-8 semanas para recuperação completa Dor intensa que não alivia, febre, sensibilidade extrema
    Lóquios 4-6 semanas, diminuindo gradualmente Sangramento intenso (mais que um absorvente por hora), coágulos grandes, odor fétido
    Diástase abdominal Varia de semanas a meses Dor abdominal severa, protuberância anormal, problemas digestivos
    Inchaço Até 8 dias, reduzindo dia após dia Inchaço que não melhora em uma semana, incha apenas um membro, dor intensa
    Dores pós-parto Mais intensas nos primeiros 3-5 dias Dor que aumenta em vez de diminuir, febre, calafrios
    Cicatrização perineal 7-10 dias para desconforto inicial, até 6 semanas para cura completa Vermelhidão, inchaço, secreção, abertura da ferida

     

    Lembre-se que cada corpo é único e o tempo de recuperação pode variar. Consulte sempre seu médico caso tenha dúvidas ou perceba sintomas preocupantes durante o puerpério. O acompanhamento profissional é essencial para garantir uma recuperação saudável e tranquila nesse momento tão especial.

    Aspectos emocionais, baby blues e depressão pós-parto

    Além dos desafios físicos do pós-parto, as mudanças emocionais são uma realidade que muitas mulheres enfrentam e sobre a qual se fala pouco. As alterações hormonais, a nova rotina e as responsabilidades da maternidade podem desencadear diferentes estados emocionais, que vão desde uma tristeza passageira até condições que exigem atenção médica. É importante entender as diferenças entre esses estados para buscar o apoio adequado quando necessário.

    Baby blues: quando a tristeza é passageira

    O baby blues é uma alteração de humor que acomete muitas mães nos primeiros dias após o parto, geralmente entre o segundo e o quinto dia. Caracteriza-se por sentimentos de tristeza, ansiedade, irritabilidade, choro fácil, mudanças de humor, dificuldade para dormir e sensação de sobrecarga. É uma reação normal às mudanças hormonais e à adaptação à nova rotina com o bebê.

    A boa notícia é que o baby blues tem duração limitada, geralmente entre duas a três semanas, e regride espontaneamente sem necessidade de tratamento específico. Durante esse período, a mãe ainda consegue sentir momentos de alegria, cuidar de si mesma e do bebê, apesar dos altos e baixos emocionais. O que ajuda nesse momento é ter uma rede de apoio consolidada, que divida as tarefas e ofereça suporte emocional, permitindo à mãe momentos de descanso e autocuidado.

    Depressão e psicose pós-parto: sinais e apoio

    Diferente do baby blues, a depressão pós-parto é mais grave e persistente, afetando cerca de 25% das mães brasileiras. Os sintomas incluem tristeza intensa e persistente, falta de interesse por atividades anteriormente prazerosas, fadiga extrema, alterações no apetite, sentimentos de culpa ou inutilidade, dificuldades para estabelecer vínculo com o bebê e, em casos mais graves, pensamentos de autolesão.

    Esses sintomas podem surgir a qualquer momento durante o primeiro ano após o parto e, ao contrário do baby blues, não desaparecem sozinhos e interferem significativamente na capacidade da mãe de cuidar de si e do bebê. Se você perceber esses sinais, busque ajuda imediatamente. O tratamento geralmente envolve acompanhamento psicológico e, em alguns casos, medicação antidepressiva.

    Em situações ainda mais raras, pode ocorrer a psicose pós-parto, que surge abruptamente nos primeiros dias após o parto. Os sintomas incluem pensamentos incoerentes, sensação de perseguição, agitação extrema, alucinações auditivas ou visuais e desconexão da realidade. Esta condição é uma emergência médica e requer hospitalização imediata.

    O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece acompanhamento para todas as mulheres no período pós-parto através da Estratégia Saúde da Família, e o tratamento para depressão pós-parto é gratuito. Além disso, iniciativas como a campanha Maio Furta-Cor promovem a sensibilização sobre a saúde mental materna. Lembre-se: pedir ajuda não é sinal de fraqueza, mas um passo importante para seu bem-estar e o de seu bebê.

    Cuidados essenciais nas primeiras 48 horas

    O período imediatamente após o parto requer atenção especial, tanto para mães que passaram por cesariana quanto para aquelas que tiveram parto normal. As primeiras 48 horas são cruciais para sua recuperação e adaptação à nova realidade. Este momento exige cuidados específicos para garantir que você se recupere adequadamente e possa cuidar do seu bebê com tranquilidade.

    Higiene, feridas e medicação

    A higiene adequada é fundamental para prevenir infecções e auxiliar na cicatrização das feridas do pós-parto:

    • Limpeza da região perineal: Após o parto normal, lave a região com água corrente e sabonete neutro após urinar ou evacuar. Mantenha a área sempre limpa e seca.
    • Cuidados com os pontos: Os pontos do parto normal são geralmente absorvíveis e começam a se dissolver sozinhos em aproximadamente uma a duas semanas.
    • Ferida da cesárea: Nas primeiras 12 horas, a incisão da cesárea deve permanecer com curativo oclusivo. Depois, o médico geralmente deixa a área descoberta para melhor cicatrização.
    • Troca de absorventes: Troque o absorvente higiênico sempre que for ao banheiro para evitar proliferação de bactérias.
    • Medicamentos: Tome os anti-inflamatórios e analgésicos conforme prescrição médica para aliviar a dor e o desconforto.
    • Sinais de alerta: Fique atenta a sinais como vermelhidão excessiva, secreção com odor forte, febre ou dor intensa, que podem indicar infecção.
    • Postura ao tossir: Proteja a região da incisão ao tossir ou espirrar, segurando delicadamente com as mãos para evitar tensão nos pontos.

    Alimentação, hidratação e repouso

    Uma boa nutrição e descanso adequado são essenciais para sua recuperação e para a amamentação:

    • Hidratação constante: Beba pelo menos 2 a 3 litros de água por dia, essencial para a recuperação e produção de leite. Lembre-se que a hidratação deve ser feita principalmente com água, sendo chás e sucos apenas complementares.
    • Alimentação balanceada: Priorize alimentos ricos em fibras, proteínas e vitaminas que auxiliam na cicatrização e previnem a constipação intestinal.
    • Frutas e vegetais frescos: Consuma-os diariamente para obter vitaminas e minerais necessários para sua recuperação.
    • Repouso adequado: Mesmo que não consiga períodos longos de sono, tente fazer pequenos cochilos de 10 a 15 minutos espalhados ao longo do dia.
    • Primeiras movimentações: Após parto normal, você poderá se levantar com auxílio da enfermagem em 4 a 6 horas. Após cesárea, o repouso no leito deve ser de 8 a 12 horas.
    • Posição para dormir: Prefira deitar de barriga para cima, com um travesseiro sob os joelhos para acomodar melhor as costas. Se preferir de lado, coloque um travesseiro entre as pernas.
    • Evite esforços: Nas primeiras semanas, evite levantar peso ou fazer movimentos que pressionem os músculos abdominais, especialmente após cesariana.

    Lembre-se que cada mulher tem seu próprio ritmo de recuperação. O importante é respeitar seus limites e não hesitar em pedir ajuda aos médicos ou à sua rede de apoio sempre que necessário. Essas primeiras 48 horas são apenas o início da sua jornada pós-parto, mas com os cuidados adequados, você estará mais preparada para os desafios que virão.

    Da 1ª à 6ª semana: rotina, exercício e alimentação

    O período pós-parto, também conhecido como puerpério, é um momento crucial para a recuperação do seu corpo. Nas primeiras seis semanas após o nascimento do bebê, seu organismo passa por transformações intensas enquanto retorna ao estado pré-gestacional. Nesta fase, cuidar da alimentação e iniciar gradualmente as atividades físicas são passos fundamentais para uma recuperação saudável e para garantir energia suficiente para os cuidados com o recém-nascido.

    Atividade física segura e exercícios de Kegel

    O momento ideal para retomar as atividades físicas varia de acordo com o tipo de parto. Em partos vaginais sem complicações, você pode começar exercícios leves cerca de duas semanas após o nascimento, enquanto após uma cesariana, é recomendado aguardar aproximadamente seis semanas para atividades leves e até 12 semanas para exercícios de alto impacto.

    Antes de iniciar qualquer rotina de exercícios, consulte seu médico para uma avaliação personalizada. Comece com caminhadas curtas e leves, aumentando gradualmente a intensidade conforme se sentir confortável. Os exercícios de Kegel são especialmente recomendados nesta fase, pois:

    • Fortalecem os músculos do assoalho pélvico que foram esticados durante a gravidez e o parto
    • Ajudam a prevenir a incontinência urinária, comum após o parto
    • Contribuem para a recuperação do tônus muscular da região pélvica
    • Facilitam o retorno do útero à posição original
    • Melhoram a circulação sanguínea na região, acelerando a cicatrização

    Para realizar os exercícios de Kegel corretamente, contraia os músculos do assoalho pélvico (como se estivesse interrompendo o fluxo de urina), mantenha a contração por 5 segundos e depois relaxe. Repita este movimento 10 vezes, três vezes ao dia. Com o tempo, aumente a duração da contração para 10 segundos.

    Dieta pós-parto: o que comer e evitar

    Uma alimentação equilibrada é fundamental para repor os nutrientes perdidos durante o parto, auxiliar na cicatrização e, se estiver amamentando, garantir a produção de leite materno de qualidade. Priorize refeições ricas em proteínas, vitaminas, minerais e fibras.

    Lembre-se que a hidratação adequada é essencial, especialmente durante a amamentação. Beba pelo menos 2 litros de água por dia para manter-se hidratada e favorecer a produção de leite.

    Alimentos Recomendados Benefícios Alimentos a Evitar Motivos
    Frutas frescas (especialmente cítricas) Ricos em vitamina C, que auxilia na cicatrização e fortalece o sistema imunológico Chocolate em excesso Pode alterar o sabor do leite e causar cólicas no bebê
    Vegetais verde-escuros (espinafre, couve) Fonte de ferro, cálcio e vitaminas do complexo B Refrigerantes Contêm cafeína e açúcares que podem prejudicar a qualidade do leite
    Carnes magras, ovos e leguminosas Fornecem proteínas para recuperação tecidual e ferro para combater a anemia pós-parto Bebidas alcoólicas Passam para o leite materno e podem afetar o desenvolvimento do bebê
    Peixes ricos em ômega-3 (salmão, sardinha) Contribuem para o desenvolvimento cerebral do bebê e previnem a depressão pós-parto Alimentos picantes e condimentados Podem causar desconforto gastrointestinal no bebê
    Laticínios e alimentos ricos em cálcio Essenciais para a saúde óssea da mãe e desenvolvimento do bebê Café e chás com cafeína em excesso Podem causar irritabilidade e dificuldade para dormir no bebê
    Alimentos ricos em vitamina D (gema de ovo, cogumelos) Auxiliam na absorção de cálcio e fortalecem o sistema imunológico Alimentos ultraprocessados Contêm aditivos e conservantes que podem passar para o leite materno

     

    Durante este período, considere também a suplementação de vitaminas específicas como ferro, cálcio e vitamina D, sempre com orientação médica. Uma alimentação balanceada, combinada com exercícios adequados e método contraceptivo apropriado, formam a base para uma recuperação saudável e um novo começo com seu bebê.

    Amamentação: benefícios, posições e desafios

    A amamentação é um dos momentos mais importantes no desenvolvimento do bebê, oferecendo benefícios que vão muito além da nutrição. O leite materno contém todos os nutrientes essenciais para o crescimento saudável, adaptando-se às necessidades do bebê conforme ele cresce. Estudos recentes mostram que bebês amamentados exclusivamente até os 6 meses têm maior desenvolvimento da inteligência, melhor situação financeira no futuro e menor risco de desenvolver diversas doenças, incluindo leucemia.

    Entre os principais benefícios da amamentação estão o fortalecimento do sistema imunológico, com a presença de anticorpos que protegem contra infecções, vírus e bactérias. O aleitamento materno também melhora a resposta imunológica, reduz infecções e potencializa o efeito das vacinas. Além disso, contribui significativamente para o desenvolvimento cerebral e fortalece o vínculo afetivo entre mãe e bebê, transmitindo segurança e conforto.

    Para uma amamentação bem-sucedida, a posição correta é fundamental. A posição tradicional, com o bebê de frente, barriga com barriga, facilita a visualização da pega correta. Já a posição invertida, apoiando a cabeça do bebê com as mãos e colocando as perninhas sob a axila, é ideal para mães com mamas grandes. A posição "cavaleiro", com o bebê sentado com as pernas abertas sobre a coxa da mãe, ajuda quando o bebê tende a dormir durante a alimentação. Por fim, a posição deitada oferece conforto para amamentações noturnas.

    Desafios comuns e excesso de leite

    Mesmo sendo um processo natural, a amamentação pode apresentar desafios para muitas mães. Entre os problemas mais comuns estão os mamilos planos ou invertidos, que dificultam a pega do bebê. Nestes casos, massagear a mama antes da amamentação pode estimular a saída do leite e facilitar o processo. As rachaduras nos mamilos também são frequentes, especialmente no início da amamentação, e podem ser tratadas com pomadas específicas à base de lanolina anidra pura, que hidratam e protegem a região.

    O ingurgitamento mamário, popularmente conhecido como "leite empedrado", ocorre quando há acúmulo de leite nas mamas. Para aliviar esse desconforto, recomenda-se fazer compressas mornas antes da mamada e massagear suavemente as mamas para facilitar a saída do leite. Em casos de excesso de leite, a retirada manual ou com bomba pode ser necessária para evitar o ingurgitamento e o desconforto.

    Por outro lado, algumas mães enfrentam o desafio da baixa produção de leite. Entre as causas comuns estão a baixa frequência e duração da amamentação, pega incorreta do bebê, altos níveis de estresse e cansaço. É importante manter-se bem hidratada e descansar sempre que possível, além de amamentar com maior frequência para estimular a produção. Extratos vegetais específicos também podem ajudar a estimular naturalmente a produção de leite materno.

    Consultoria, rede de apoio e produtos de cuidado

    Buscar apoio profissional é fundamental para superar os desafios da amamentação. A consultoria de lactação pode ser realizada antes mesmo do nascimento do bebê, ajudando a prevenir problemas comuns no pós-parto. As consultoras de amamentação desenvolvem planos de ação personalizados com base nas metas de aleitamento da família, oferecendo aconselhamento sobre técnicas e dispositivos de apoio à nutrição do bebê.

    Para quem não pode arcar com os custos de uma consultoria particular, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza uma rede de Bancos de Leite Humano, considerada referência mundial, além do apoio oferecido nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Muitas maternidades também oferecem acompanhamento durante a internação e consultoria online após a alta, permitindo que as mães recebam orientação personalizada no conforto de suas casas.

    Além do suporte profissional, existem produtos específicos para o cuidado das mamas durante a amamentação. A lanolina anidra pura, presente em pomadas dermatológicas, oferece alívio rápido para mamilos doridos, hidratando e protegendo a região por até 8 horas. É importante aplicar uma pequena quantidade após cada mamada e remover o excesso antes da próxima amamentação. Conchas de amamentação também podem ser úteis para proteger os mamilos entre as mamadas e recolher o leite que vaza, evitando desperdício. Lembre-se de que uma rede de apoio bem estabelecida, incluindo familiares, amigos e profissionais de saúde, é essencial para tornar a jornada da amamentação mais tranquila e bem-sucedida.

    Parceiro, sexualidade e relação no resguardo

    A chegada de um bebê transforma completamente a dinâmica do casal, e a sexualidade é um dos aspectos que mais sofre mudanças durante o período de resguardo. É fundamental compreender que estas alterações são naturais e temporárias, embora possam gerar ansiedade e insegurança para ambos os parceiros.

    Libido e relações sexuais seguras

    A redução da libido após o parto é absolutamente normal e tem explicações biológicas e psicológicas. As mudanças hormonais são intensas nesse período – a queda brusca do nível hormonal que ocorre após a saída da placenta, combinada com o aumento da prolactina (hormônio responsável pela produção do leite materno) naturalmente inibe os hormônios sexuais femininos. Se você está amamentando, essa diminuição do desejo sexual pode ser ainda mais acentuada, especialmente nos primeiros meses.

    O retorno às relações sexuais deve respeitar o tempo de recuperação do corpo. Especialistas recomendam aguardar pelo menos 40 dias após o parto, tanto para cesárea quanto para parto normal. No caso de episiotomia (corte no períneo), a penetração antes da completa cicatrização pode causar dor e atrasar a recuperação. A primeira relação pós-parto frequentemente é mais desconfortável devido à menor umidade vaginal, resultado das alterações hormonais.

    É essencial conversar com seu médico sobre métodos contraceptivos adequados para o período de amamentação. Mesmo durante o aleitamento materno, é possível engravidar – a ovulação pode retornar entre 14 e 30 dias após a interrupção da amamentação exclusiva. Anticoncepcionais específicos para o período de lactação, DIU (de cobre ou hormonal) e preservativos são opções seguras que não prejudicam a amamentação.

    Comunicação e divisão da carga mental

    A comunicação aberta e honesta é a base para enfrentar os desafios do pós-parto como parceiros. Discutir abertamente expectativas, medos e desejos ajuda o casal a navegar pelas mudanças na relação. É fundamental tornar explícitas as ideias e expectativas em relação ao casamento, ao parceiro e a si mesmos nessa nova fase.

    A divisão equitativa da carga mental e das tarefas práticas é essencial para evitar o esgotamento, especialmente da mãe. Planeje quem será responsável por quais atividades durante o dia inteiro, desde trocas de fraldas até tarefas domésticas, evitando a sobrecarga para apenas um dos pais. Não hesite em pedir ajuda às pessoas da família e amigos – um diálogo honesto, em que cada um realmente diz o que pode fazer, permite uma distribuição mais justa das responsabilidades.

    Lembre-se que a intimidade vai além da atividade sexual. No período pós-parto, os casais podem explorar formas alternativas de se conectarem emocional e fisicamente. Pequenos gestos de carinho, momentos de conversa e compreensão mútua são fundamentais para manter a conexão enquanto vocês se adaptam à nova vida com o bebê. Seja paciente com seu parceiro e, principalmente, consigo mesma – essa fase intensa e desafiadora também passa.

    Acessórios e peças de roupa úteis no pós-parto

    O pós-parto é um período de grandes mudanças e adaptações para o corpo da mulher. Após 9 meses de gestação e o esforço do parto, seu corpo precisa de tempo e cuidados especiais para se recuperar. Felizmente, existem diversos acessórios e peças de roupa que podem facilitar esse processo, proporcionando mais conforto e bem-estar durante essa fase tão importante. Conheça algumas opções que podem se tornar grandes aliadas nesse momento.

    Calcinha pós-parto e descartável

    A calcinha pós-parto é uma peça essencial que oferece maior suporte e segurança na região abdominal. Ela é especialmente útil para proteger cicatrizes de cesáreas ou ajudar na recuperação de partos normais. Diferente das calcinhas comuns, que geralmente não oferecem suporte suficiente para o abdômen, esses modelos são projetados especificamente para atender às necessidades desse período.

    Já as calcinhas descartáveis são práticas para os primeiros dias após o parto, quando o fluxo de sangramento (lóquios) é mais intenso. Elas eliminam a preocupação com manchas e facilitam o descarte, sendo uma opção higiênica e conveniente para a fase inicial do pós-parto.

    Cinta e fralda pós-parto

    A cinta pós-parto é recomendada para proporcionar mais conforto e segurança durante as atividades do dia a dia, principalmente depois de uma cesárea. Entre seus benefícios estão:

    • Oferece suporte à região abdominal e lombar
    • Ajuda a reduzir o inchaço do abdômen
    • Contribui para uma melhor postura corporal
    • Auxilia na estabilização da região abdominal, reduzindo dores e desconfortos
    • Pode ser usada por um período de 1 a 3 meses, conforme orientação médica

    A fralda pós-parto, por sua vez, é um item de higiene com alta capacidade de absorção, ideal para os primeiros dias quando o sangramento é mais intenso. Ela pode ser usada durante o puerpério (período de 6 a 8 semanas após o parto) e apresenta características como material macio e respirável, tamanho ajustável e barreiras contra vazamento.

    Absorvente, spray calmante e outros aliados

    Os absorventes pós-parto são essenciais durante o período de recuperação. Nos primeiros dias, quando o fluxo é mais intenso, recomenda-se usar absorventes específicos para pós-parto ou absorventes noturnos de maior absorção. À medida que o sangramento diminui, você pode optar por:

    • Absorventes normais de uso diário
    • Protetores diários para fluxos mais leves
    • Absorventes de tecido reutilizáveis
    • Calcinhas absorventes, que combinam praticidade e conforto

    O spray calmante pós-parto é outro aliado valioso, especialmente para mulheres que tiveram parto normal. Composto por ingredientes como lidocaína, aloe vera e hamamelis, ele proporciona alívio rápido para a região perineal, reduzindo ardência, coceira e inchaço. Alguns sprays também podem ser usados em cicatrizes de cesárea, ajudando a prevenir infecções e reduzir a aparência da cicatriz.

    Outros itens que podem auxiliar no pós-parto incluem almofadas especiais para sentar, que aliviam a pressão na região perineal, e bolsas térmicas, que podem ser usadas quentes ou frias para reduzir o desconforto. Lembre-se sempre de consultar seu médico antes de utilizar qualquer produto, pois cada recuperação é única e pode exigir cuidados específicos.

    Tabus sobre pós-parto que ninguém comenta

    O período pós-parto é cercado de expectativas e idealizações que nem sempre correspondem à realidade vivida pelas mães. Estes tabus contribuem para um sentimento de isolamento e inadequação que muitas mulheres enfrentam durante o puerpério. Vamos desmistificar estes temas para que você possa viver este período com mais segurança e tranquilidade.

    1. A ligação com seu bebê nem sempre acontece de forma natural

    Seu bebê chegou e você deve ser a pessoa mais feliz da Terra, certo? Provavelmente sim, mas nem sempre de imediato. No começo, você pode se sentir perdida e pensar que isso não é normal, temendo que ninguém a entenderá se disser isso em voz alta. A verdade é que, às vezes, a onda de amor incondicional pelo seu bebê pode levar algum tempo para se estabelecer completamente, e isso é absolutamente normal.

    Esta sensação não significa que você não ame seu filho o suficiente. A criação de vínculo é um processo que pode ser gradual para muitas mães, especialmente quando enfrentam um parto difícil, complicações no puerpério ou falta de suporte adequado. O importante é permitir-se sentir suas emoções sem julgamento e buscar apoio quando necessário.

    Diagnóstico e prevenção: Reconhecer que estes sentimentos são comuns é o primeiro passo. Compartilhe suas inseguranças com o outro cuidador, como o pai da criança, parentes próximos, amigos de confiança ou um grupo de apoio para mães. Uma rede de apoio sólida e a orientação de profissionais de saúde durante o puerpério podem ajudar a fortalecer gradualmente o vínculo com seu bebê.

    2. Amamentar pode ser um desafio no início

    Muitos pais acreditam que a amamentação acontece de forma simples e instintiva, mas a realidade é que este processo pode ser desafiador por diversos motivos. A falta de informação e preparo durante a gestação contribui para que as dificuldades iniciais sejam ainda mais impactantes.

    Os desafios podem incluir dor ao amamentar devido a mamilos rachados, ingurgitamento mamário (acúmulo de leite nas mamas), dificuldades com a pega correta, e em alguns casos, produção insuficiente de leite. Condições específicas como hipoplasia mamária ou remoção prévia de tecido mamário podem afetar a capacidade de produção de leite.

    Grande parte das mulheres relatam ter enfrentado algum tipo de dificuldade no início da amamentação. Com informações adequadas, rede de apoio e consultorias especializadas em lactação, é possível superar muitos destes obstáculos, considerando os importantes benefícios do aleitamento materno para o bebê e para a mãe.

    Lembre-se que essa é uma decisão pessoal e você conhece melhor que ninguém as demandas, mudanças e cobranças que enfrenta na maternidade. Se o processo estiver causando sobrecarga emocional, culpa excessiva e estresse, é válido reconsiderar suas opções, sempre priorizando seu bem-estar e o do seu bebê.

    3. O desconforto físico e a recuperação do útero são inevitáveis

    Após nove meses de gestação e o parto, seu corpo precisa de tempo para se recuperar. Esta recuperação acontece através de diversos processos que podem ser desconfortáveis ou mesmo dolorosos, embora sejam necessários para o retorno do seu corpo ao estado pré-gestacional.

    Os desconfortos físicos do puerpério incluem os lóquios (sangramento pós-parto) que podem durar de uma semana a seis semanas, cólicas pós-parto devido às contrações uterinas (mais intensas em mulheres multíparas), recuperação de uma cesárea ou episiotomia, seios ingurgitados durante o estabelecimento da amamentação, problemas intestinais e urinários temporários, e a necessidade de reabilitação do períneo.

    A involução uterina é um processo natural em que o útero, que aumentou cerca de 20 vezes durante a gestação, precisa retornar ao seu tamanho original. Este processo pode causar contrações dolorosas, especialmente durante a amamentação, quando ocorre liberação de ocitocina.

    Compartilhar suas dúvidas e experiências com sua rede de apoio e equipe médica ajuda a normalizar estes sintomas e obter orientações específicas para seu caso, sejam sobre os lóquios, cuidados com a cicatriz cirúrgica, alívio para as dores nas mamas ou qualquer outro desconforto do período pós-parto.

    4. A chegada do bebê pode transformar a dinâmica do casal

    Seu relacionamento parece estar em crise após a chegada do bebê? Estão discutindo mais que o normal ou questionando o relacionamento? Esta situação tem nome e é conhecida como "o choque do bebê" - uma realidade para muitos casais no período pós-parto.

    Quando uma criança chega, os casais enfrentam uma verdadeira revolução. Fadiga extrema, rotina acelerada, questionamentos constantes, possível idealização da vida familiar, libido reduzida e falta de tempo a dois transformam completamente a dinâmica do relacionamento. Sem perceber, a agitação inicial pode se tornar um padrão difícil de romper.

    Embora não exista solução milagrosa, a comunicação é essencial para expressar seus sentimentos e compreender o que seu parceiro está vivenciando. O diálogo aberto, mesmo que difícil, é fundamental. A falta de sono e as tensões podem drenar a energia necessária para resolver os problemas, mas ignorá-los raramente é a melhor estratégia.

    Se perceber que está cada vez mais difícil estabelecer ou recuperar este diálogo, considere buscar ajuda profissional. Um terapeuta de casais pode oferecer ferramentas e estratégias adaptadas às suas necessidades específicas durante este período de transição familiar.

    5. A transformação do corpo após o parto é gradual

    Embora hoje as mulheres comecem a falar mais abertamente e mostrar seus corpos pós-parto nas redes sociais, as mudanças físicas durante o puerpério ainda são um tabu significativo em nossa sociedade.

    Muitas mulheres têm dificuldade de aceitar a barriga flácida e vazia após o parto, ou de se olharem no espelho durante este período. Existe uma pressão social (e muitas vezes interna) para perder peso rapidamente, com a ideia errônea de que grande parte dele desaparecerá naturalmente durante o parto. Esta preocupação com o peso e a aparência física desempenha um papel importante no bem-estar emocional da mãe e pode contribuir para desconforto e insegurança.

    É importante entender que seu corpo passou por transformações extraordinárias para gerar e dar à luz seu filho, e precisará de tempo para se recuperar. As mudanças hormonais, a amamentação e o cuidado com o recém-nascido interferem diretamente no processo de recuperação física. Seu corpo nunca voltará a ser exatamente como era antes, mas encontrará um novo equilíbrio.

    Práticas como alimentação equilibrada, hidratação adequada, atividades físicas leves após liberação médica e autocuidado contribuem para a recuperação gradual. O uso de produtos específicos para estrias e flacidez, como o Creme Estrias Maternité, o Creme Estrias Sem Perfume Maternité ou o Óleo Estrias Maternité - Orgânico Certificado, pode auxiliar no processo, oferecendo hidratação e nutrição para a pele.

    6. A carga mental materna é real e precisa ser compartilhada

    Cozinhar, lavar roupas, limpar a casa, fazer compras, cuidar da papelada... todas estas tarefas continuam existindo, independentemente das noites sem dormir, das demandas do bebê e da falta de tempo para si mesma. É neste momento que muitas mães descobrem o conceito de "carga mental" - o peso invisível de gerenciar, planejar e se responsabilizar por toda a logística familiar.

    Esta experiência pode ser particularmente difícil após ter sido o centro das atenções durante a gravidez. Agora que o bebê chegou, espera-se que você se recupere rapidamente, esteja disponível para tudo e todos, e possivelmente retorne ao trabalho como se nada tivesse acontecido.

    Este é o discurso predominante na sociedade, que pressiona as mães a fazerem sempre mais e melhor, com o risco de se esquecerem de si mesmas e entrarem no chamado "esgotamento parental". Uma dica valiosa para este período desafiador: busque ajuda psicológica se necessário e delegue absolutamente tudo o que puder, especialmente nas primeiras semanas após o parto.

    Produtos multifuncionais como a L´Essentiel Loção Corporal Multifuncional podem ajudar a simplificar sua rotina de cuidados pessoais, economizando tempo e energia. Lembre-se de que fazer o seu melhor não significa fazer tudo perfeitamente. O mais importante é cultivar paciência consigo mesma e cuidar de sua saúde física e mental - afinal, essa fase intensa da maternidade também passará.

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